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Entrevista á Gazeta Online

"Pega essa sombra azul, aquele vestido de manga bufante, de manga princesa, aquele sapato roxo, vai no guarda-roupa da sua tia solteirona, passa um perfume "Toque de Amor", vamos para a festa do Cafona. Olha, o importante é ser cafona e beijar no final!"

Com esse convite, Evandro Santo, ou melhor, Christian Pior convida todos os capixabas a participarem da Festa do Cafona 2010, que será realizada neste sábado (08), na Praça do Sol Poente, em Colatina, interior do Estado. As bandas Vega, Mingau, Afonso Nigro (Dominó), Nasi (Ira!), George Israel (Kid Abelha) e Willie (Radio Taxi) vão agitar o espaço, que será invadido por uma legião que pretende abusar do visual.

Christian fará presença vip pelos camarotes da festa e ainda vai aproveitar a ocasião para gravar o quadro "Meda" - em que critica a roupa das pessoas - para o programa "Pânico na TV". Confira agora o bate-papo que o ator, que voltará ao Espírito Santo em junho para apresentar sua peça de teatro.

GAZETA ONLINE - Como prefere ser chamado? Christian ou Evandro?

Normalmente sou chamado de quatro coisas na rua. E eu respondo todas. Me chamam de Evandro, Christian, Pior e Meda. Respondo todas. Não tenho o menor problema em ser chamado de Christian nem de Evandro. Claro que os amigos da velha guarda me chamam de Evandro, eles frequentam minha casa. Christian eu acho um nome até mais bonito que Evandro.

GAZETA ONLINE - Como surgiu o Christian Pior?

O personagem, o nome ou a pessoa? (risos) Ou os três? Bom, o Emílio (Zurita) queria que eu fizesse um estilista que reparasse na roupa das pessoas. E aí eu lembrei da grife Christian Dior e falei: 'vamos fazer o trocadilho para Christian Pior'. Aí ficou! A partir disso, eu dei essa coisa de não gostar de pobre, exagerada, essa coisa de bicha má, de bicha maldita, de bicha de bairro ruim, rancorosa. Sabe aquela bicha que fica na rua reparando a roupa do povo, faz curso de modelo e manequim e ainda trabalha numa botique bonita da cidade? O Christian Pior, na verdade, é um pé-rapado, metido e venenoso. Todo mundo conhece uma bicha de bairro assim. Esse é o Christian Pior.

GAZETA ONLINE - Quais são os pontos da sua personalidade que condizem com a dele?

Você sabe de uma coisa? Muitas gente acha que eu sou muito parecido com o personagem. Me analisando depois dos seis primeiros meses de sucesso, quando começou a ficar popular, eu medi o meu comportamento. Eu percebi que continuo a mesma pessoa de sempre. Então, eu continuo o mesmo vira-lata, sem vergonha, safado de sempre. Eu frequento os mesmos lugares, vou nos lugares mais divertidos, mais encardidos, frequento lugares da alta, vou em uma ou outra festa para aparecer e fazer contato, mas eu continuo comendo feijão de colher vendo filme de terror, continuo lengo gibi da Mônica, continuo ordinário do mesmo jeito. Eu não tenho nada a ver com personagem. Flerto muito com essa coisa do esnobe, do metido, mas eu acho que uma pessoa que vive nessa esfera tem que ter muita paciência para puxar saco, tem que ter muito saco para aguentar gente chata e eu gosto mais de uma coisa mais divertida, alegre e povão. Então, na verdade, eu não tenho muito a ver com o personagem.

GAZETA ONLINE - Você tem uma peça de teatro, faz show. O que você vai apresentar em Colatina?

 Colatina! Eu vou ganhar um dinheiro para fazer uma presença vip num camarote e também farei uma matéria para o programa Pânico, ou seja, vou unir o útil ao agradável. Vou juntar audiência, dinheiro e, quem sabe, farei sexo também (voz de escracho).

CHRISTIAN PIOR - Tem motel bom em Colatina?

 Rapaz, é cidade do interior. Não posso dizer muito, porque vou muito raramente lá. Só sei que é quente para caramba.

GAZETA ONLINE - Está preparado para o calor?

Meu filho, eu vim de Uberaba. Você acha que eu não estou preparado para o calor? Eu já fiz 'cooper' dentro de sauna. Você acha que isso aqui é uma pessoa mole? Imagina! Aproveito o calor para eu grelhar!

GAZETA ONLINE - Você já foi convidado para fazer presença vip em outras festas do cafona?

Festa do cafona, não. Mas eu já fiz presença vip em algumas festas que eram para ser chiques mas, na verdade, eram cafonas de verdade! Quando a festa é intencionalmente cafona, ela é uma festa divertida e descolada. Agora, quando a festa quer ser chique - quando a dona da festa fala 'olha eu vou arrasar, vou acabar com as minhas cunhadas de inveja - pode saber que a festa vai ser cafona!

GAZETA ONLINE - O que você espera encontrar nessa Festa do Cafona?

 Muita gente com manga bufante, com pochete, com sutiã bege aparecendo, muita gente colorida e alegre. Nunca se esqueça, o cafona e o brega sempre estão perto da alegria. A pessoa muito preocupada em ser chique ou clássica, ou ela é naturalmente e tudo bem ou você não é. E o cafona sempre está rindo, sempre está se divertindo, está sempre tirando sarro e alegre, entendeu? A pessoa muito contida está sempre se lascando. Observa só para você ver.

GAZETA ONLINE - Você gosta desse tipo de festa ou foi em algumas?

 Olha, desde que tenha muita comida - eu sou uma pessoa mineira. Tendo muita comida, muita bebida e alegria eu estou lá. O importante é ter isso tudo. Ai, a gente tenta dar uns beijos, ir pra trás da caixa d'água. Festa tem que ter beijo na boca no fim. Esse negócio de festa só ali, ficar no cartãozinho, no vinhozinho, e não rolar um assunto? Eu não gosto. Tem que ter uma fofoca, um beijo na boca, alguém beber e vomitar, alguém com a roupa mais engraçada. Festa tem que ter isso. Se a festa é muito comportada, mesa, jantar numerado. eu não gosto.

GAZETA ONLINE - Nessa brincadeira, já são quantos anos de Pânico?

Vão fazer três anos neste mês - 27 de maio.

GAZETA ONLINE - O que é cafona no gosto musical para você?

Eu acho Celine Dion, Mariah Carey e Whitney Houston cafona. Por exemplo, eu não acho Joelma do Calypso cafona. Eu acho uma coisa regional e rica. Eu até tirava um sarrinho. Até que um dia eu assisti em Mossoró um show da banda Calypso e fiquei chocado. Eu falei 'gente, é porque está no Brasil, mas o que essa mulher tá fazendo aí no palco, não é nada diferente do que a Madonna faz. Ela tá dançando, trocando um monte de roupa, segurando tudo no gogó, está fazendo um monte de coisa. Eu acho essas músicas meio Las Vegas, Cher, eu acho cafona. Olha, Frank Sinatra é cafona.

GAZETA ONLINE - Voltando a Colatina, você vai encontrar alguns artistas que sempre são chamados para este tipo de evento, como o Afonso Nigro. Vai rolar alguma piadinha?


Mas o Afonso eu adoro! Da época do grupo Dominó, eu também já fiz um Cd do Justus, já fui na casa de Afonso. Afonso não é brega 'bem'. A mulher dele trabalha na revista "Vogue", muito chique. Ele mora numa 'penhouse' em Pinheiros maravilhosa. Uma casa grande com muitos móveis. Para você ter uma idéia, ele é tão chique, que tem perfume na casa dele que venceu e que ele nunca abriu. Esse menino não tem nada de brega, ele é um menino muito urbano na verdade.

GAZETA ONLINE - Você disse ser um cara que não se importa como te chamem - dentro dos quatro nomes citados. Você é um cara mais reservado ou gosta mesmo da farra em si?

 Eu gosto de fazer farras reservadas (risos), entendeu? Sem testemunhas!

GAZETA ONLINE - Queria que você deixasse um convite para as pessoas comparecerem na festa.

 Pessoal de Colatina, de Vitória, do Espírito Santo em geral! Vamos nos animar para essa festa. Pega essa sombra azul, aquele vestido de manga bufante, de manga princesa, aquele sapato roxo, vai no guarda-roupa da sua tia solteirona, passa um perfume "Toque de Amor", vamos pra festa do Cafona. Olha o importante é ser cafona e beijar no final! Vamos tingir este cabelo de 'acaju piranha', vamos colocar sapato preto e meia branca, pochete, vamos colocar cueca azul, sutiã bege. Gente, não tenham medo de ser cafona, porque na hora do 'vamo ver', tudo isso vai sair do corpo. Festa do Cafona, em Colatina, eu não vou perder!

Fonte: Gazeta Online

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