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Notícias: Evandro irá se Apresentar no "Na Mata Café"

Ele tem pavor de pobres e só freqüenta festas de ricos, é estilista, antenado e vítima da moda. O personagem Christian Pior, do Pânico da TV, é uma criação do humorista Evandro Santo e reflete, ao mesmo tempo, muita coisa do dia-a-dia de celebridades e das pessoas comuns que as admiram. Morador do Centro da cidade, Evandro Santo se apresenta em show no dia 19 no Na Mata Café e conversou com o site da revista Época São Paulo sobre o início da sua carreira, família e, claro, São Paulo.


~ Primeira Parte da Entrevista ~

Época São Paulo - Hoje o seu quadro é uma das maiores audiências do Pânico. Como você entrou no programa?
Evandro Santo
- Fui dar uma entrevista no programa do Pânico na Rádio Jovem Pan para divulgar a minha peça com o grupo Absurto. No final o Emílio (Emílio Zurita, diretor do programa) pediu para eu fazer um personagem da minha peça para o Pânico na TV e eu fiz um terapeuta sexual, que se chama Percival. Ele gostou e depois de três semanas me ligou para eu cobrir o casamento da Wanessa Camargo.

ESP - Como surgiu o personagem Christian Pior? ES - O Emílio me ligou numa sexta-feira do nada para eu gravar no sábado. Como eu já tinha feito telegrama animado, ele achou que eu tinha o timing para fazer festa, brincar, pensar rápido. Eu falei que tinha pensado em fazer um estilista analisando a roupa das pessoas, que era uma coisa que eu tinha visto em programas americanos, e que podíamos chamar de Christian Pior. Aí eu fiz o primeiro, depois de 15 dias cobri o Fashion Rio, São Paulo Fashion Week e rolou o contrato.

ESP - Por que você acha que ele deu tão certo?
ES - Primeiro porque ele faz essa alusão do rico e do pobre. Como o Brasil é um país pobre e as pessoas querem subir na vida, querem ter dinheiro, elas gostam dessa coisa de rico e pobre. O cara tem um aumento de R$ 400 e vai comprar um carro porque é símbolo de status. E como no Brasil a diferença social é muito grande, acaba virando motivo de piada. Todo mundo quer ter poder, quer ter o melhor carro na rua, a melhor casa. Eu já vi cunhadas brigando para ver quem usava o melhor perfume. A pessoa pode morar num barraco rebocado, mas tem um carro bom na garagem mesmo sem nada na geladeira.

ESP - Você já trabalhou com muitas coisas antes de ser humorista...
ES - Na verdade, eu sou humorista desde os 17 anos. Dos 12 aos 15 anos eu fiz um monte de coisas: fui bailarino, modelo para escola de artes, já fui garçom, vendi cueca, já fui monitor de internet, várias coisas.

ESP - E o que você tirou de todas essas experiências. Você descobriu o seu talento para o humor fazendo telegrama animado. Como foi isso?
ES - Eu sou o que eu sou por causa do telegrama. Por que é assim: você chega numa festa e tem 80 pessoas que nunca te viram e não sabem quem é você. Seu trabalho é parar a festa, fazer as pessoas prestarem atenção em você, fazê-las rir por 30 ou 40 minutos e depois ser indicado para fazer outros trabalhos. Eu trabalhava mais por indicação. Ao mesmo tempo em que você está num apartamento duplex em Moema, daqui a pouco você está fazendo um chá de cozinha lá em Itaquera. Então, a pessoa tem que mudar o humor, tem que ser versátil e isso que me ajudou a raciocinar rápido, ter o timing de humor, saber até onde eu posso levar uma brincadeira. Eu fiz telegrama de 1993 até 2007, quando entrei no Pânico. Fazia outros trabalhos também, mas o ganha pão mesmo vinha do telegrama animado.

ESP - Hoje em dia você é rico ou é pobre?
ES - Eu não posso parar de trabalhar. Se eu parar, complica a minha vida.

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