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Entrevista ao site 'Divirta-se'

Sem dramas e chorumelas, o mineiro Evandro Santo é uma figura que encara a vida com bom humor. Comediante do programa Pânico, da Rede TV! (transmitido aqui pela TV Brasília), atualmente tem a vida escancarada em rede nacional com o quadro O nome do pai, que busca o homem que ele nunca viu. Mas a história do filho que foi expulso de casa e teve que encarar desde cedo o preconceito pela opção sexual não se resume em tristeza. Aliás, toda a batalha só colaborou para que o ator/comediante levantasse a cabeça e fizesse o Brasil rir com as impagáveis tiradas de Christian Pior, um de seus personagens de maior sucesso. Hoje, o Teatro dos Bancários recebe Evandro Santo para o espetáculo Espia só! com sessão dupla às 20h e às 22h.

Pela primeira vez em Brasília, Espia só! é um exercício de humor e muda a cada cidade, a cada sessão. “Quando comecei era de um jeito e agora é de outro. Como improviso muito e coloco vários cacos, o texto fixo vai mudando conforme cada espetáculo”, explica Evandro.

Sozinho, o comediante de 35 anos divide o palco com a plateia, com quem compartilha piadas, convida para participações e promove gincana no final. “A peça é para a plateia. Quanto mais eu faço o público rir e valorizo aqueles que pagaram ingresso e são meus fãs é melhor para o show”, diz o comediante.

Em turnê desde o ano passado, Brasília terá exatamente a 50ª apresentação de Espia só!. Tudo conspira a favor.

Três perguntas - Evandro Santo

Quando surgiu a ideia de levar para os palcos a comédia do dia a dia?
Sempre fui um comediante de plateia. Antes de fazer tevê e rádio, fazia telegrama animado, animação de festa infantil, cara a cara com a plateia. Não faço show para impressionar a turminha dos comediantes ou os diretores. Faço espetáculo para o povo. Eu levo em consideração aquela pessoa que pagou ingresso para me assistir. Aquela mãe que tá apertada e compra uma inteira e duas meias só para levar os filhos para a peça.

O público teve vergonha de participar no início?
É muito surpreendente. Quando eu entro no palco tem sempre o extrovertido que faz gracinha, mas quando eu o coloco no palco, ele se intimida. Quando eu faço a gincana final quem ganha é a pessoa mais tímida, um homem de 50 anos, uma moça que você não dava nada e de repente vira um furacão. O legal disso é que você quebra os paradigmas. Nem sempre aquele cara participativo e extrovertido rende no palco.

Você é mineiro, mas após tantos anos em São Paulo já se considera paulistano?
Eu nunca vou deixar de ser um caipira de Uberaba. Se eu acordar e não arrumar a minha cama, vou ficar com peso na consciência, porque aprendi isso quando era criança. Eu tenho que fazer a obrigação, a lição de casa, lavar a louça da janta. Com 20 anos de São Paulo, eu fiquei uma criatura meio urbana, mas quanto mais eu fico urbano e supostamente descolado, eu fico mais caipira. É como se meu signo solar fosse São Paulo e meu signo ascendente, Uberaba.

Fonte: Divirta-se

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