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O cara que faz você morrer de rir

Ele, que é a nova sensação do Pânico, foi expulso de casa aos 14 anos e já sofrem muito

O humor irreverente e escrachado de Evandro Santo, 32 anos, o divertidíssimo Christian Pior do quadro Meda, do Pânico na TV, agradou o público de cara. Resultado: mineiro de Belo Horizonte, o ator, que está na telinha da RedeTV! há apenas dois meses, já é considerado uma grata revelação no meio artístico. A estréia de Pior na atração rolou na cobertura do casamento de Wanessa Camargo, em maio. E a cada domingo, o personagem, que extrapola nas críticas às roupas dos famosos, nas gozações e sempre tem uma resposta rápida, cresce em popularidade. Tanto sucesso, porém, não caiu do céu. Evandro está na estrada desde 1993. Fez centenas de telegramas animados em festas e eventos e se apresenta no teatro com o grupo Ab-surto. E sua história de vida é bastante sofrida. Nada, porém, que tire a alegria e o brilho desse guerreiro que nasceu no Dia Internacional do Palhaço, 10 de dezembro. tititi - Como surgiu a chance de entrar para a turma Pânico? Evandro Santo - Participei do quadro Ilustres Comediantes Desco-nhecidos, no programa de rádio deles, e foi um sucesso. Aí, um dia antes do casamento da Wanessa, Emílio Surita me convidou para criar um repórter-estilista e cobrir o evento.

E como é o Christian, ele tem uma história?

Ele é uma bicha cafona e deslumbrada de uma cidade do interior, que faz desfiles locais e quer ser amigo do povo chique (risos).

De onde surgiram os bordões "Joga no Google" e "Ovulei"?

O primeiro eu criei no meio de uma matéria com a Sabrina Sato. E "Ovulei" é fala da Janeide, uma personagem minha, uma brega-queen. Tem ainda um terceiro bordão: "Pára tudo e chama a Nasa". Esse é da Andréa Barreto, que trabalha comigo.

O Christian é esnobe, tira sarro de todo mundo... Já criticaram você por isso?

Tem gente que confunde o ator com o personagem. Quando estou no metrô, algumas pessoas me olham estranho, como se dissessem: 'Nossa, ele é tão metido e anda de metrô!' (risos)

Quando você descobriu que sabia fazer humor?

Aos 17 anos. Eu trabalhava numa livraria, um rapaz disse que eu era engraçado e me chamou para fazer telegrama animado. Fiz o primeiro, o segundo, o terceiro e disparei a animar festas.

Esperava ficar famoso?

Não, sou um operário do humor. Já estava satisfeito por sobreviver fazendo o que gosto e por ter uma vida legal, conseguindo morar sozinho, viajar de vez em quando e sair pra passear.

O que o sucesso trouxe de bom?

A possibilidade de sair do aluguel. Até o final do ano vou comprar um apartamento. E trouxe também um estouro para o meu grupo de humor, o Ab-surto, que reestréia na quinta, 9, no teatro Crowne Plaza, em São Paulo.

Por que saiu de casa tão cedo?

Quando nasci minha mãe tinha 17 anos e não podia me manter. Fui criado em Belo Horizonte por uma tia-avó, com quatro primos. Minha mãe apareceu quando fiz 6 anos e me levou para Uberaba (também em Minas), e tive que me adaptar à vida de filho único.

Daí a relação de vocês ficou complicada...

Isso! E quando ela conheceu meu padrasto as brigas pioraram. Eu estava com 14 anos, ela queria construir uma vida nova e me deu um ultimato: 'Se não for do meu jeito, não te quero aqui'. Eu era rebelde e fui embora.

Você a perdoou?

Não temos contato. Eu até entendo. Ela tinha só 17 anos, uma gravidez precoce, numa família bastante humilde...

Deve ter sido difícil pra ela...

Mas eu não tenho culpa. Depois de sete anos de terapia descobri que, inconscientemente, minha mãe me culpava por eu ter interrompido a juventude dela, por ela ter sido expulsa de casa porque estava grávida.

Você já tentou se aproximar de sua mãe?

A única vez que ela veio a São Paulo me visitar foi em 1999, porque eu paguei a passagem e queria que ela viesse. Todas as reaproximações partiram de mim. Senti que estava batendo numa tecla que não dava nenhum resultado, então desisti.

Como um garoto de 14 anos sobreviveu fora de casa?

Eu dormia cada dia na casa de um amigo. Não tinha grana, lugar para morar, família. Bateu a consciência do que é o nada e isso criou em mim uma coragem extraordinária para sobreviver.

Chegou a dormir na rua?

Não, sempre fui esperto. Se não tinha onde dormir, pulava um muro aqui e outro ali, pegava uns tapetes, montava uma cabaninha e ficava por ali.

Já se sentiu no fundo do poço?

Nunca fui depressivo. Se estou triste, chateado, me tranco em casa e no outro dia acordo bem, superespoleta de novo. Desde pequeno sou assim, sempre tive mais tendência para o riso.

Mesmo na hora dos apertos?

Sim, e olha que já passei por muitos. Algumas vezes chegava o dia de pagar o aluguel e eu não tinha o suficiente para isso... Nessas ocasiões, a gente tem de acreditar que as coisas vão melhorar. Colocava uma Madonna, ouvia a música e pronto.

Com uma história de vida tão conturbada, de onde vem todo esse humor?

Tem a ver com a imaginação criativa. Quando fui morar com minha mãe, ia pro quarto às 9 da noite e ficava lá sozinho. Ela escondia os brinquedos, então eu criava historinhas. E trabalhar em festas faz a gente tirar leite de pedra. Fazendo telegrama animado me aperfeiçoei no improviso.

Ainda faz telegrama animado?

Faço, mas o cachê subiu. Hoje gasto muita energia com o programa, e como tenho um salário fixo, posso selecionar melhor os eventos.

O que o Christian e o Evandro têm em comum?

O bom humor, o raciocínio rápido e a sacada na hora da zoação.

Então, vamos lá: o que Cristhian Pior falaria se encontrasse o Evandro em qualquer desses eventos?

Diria: 'Bicha, tu é maldosa, hein!' (risos). E eu iria rir muito, porque acho o Pior divertidíssimo.

créditos: Tititi

Um comentário:

  1. Evandro é sensacional admiro muito ele cara super di boa adoroo meu ídolo adoroo

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