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Entrevista ao site 'Cerrado MIX'

Humor livre e sem pretensões é o que propõe o comediante Evandro Santo. Ele ficou conhecido pelos brasileiros no quadro em que interpreta o estilista gay Christian Pior, no humorístico Pânico na TV. O personagem é marcado pela ligação com a moda, já que faz uma clara referência ao estilista francês Christian Dior. Mas o que realmente traduz Pior é o deboche ao que ele chama de “gente pobre”. Jargões como “Oi, classe média” e “Ô, povo cafona” fazem parte do vocabulário do personagem.
Mas aí, Evandro, o ator, também homossexual assumido, defende: “Humor que pede desculpas não é humor, é gracinha”. Agora, o humorista traz a Brasília o espetáculo Espia Só, uma mistura entre o próprio ator e o personagem Pior. A peça fica em cartaz sábado (22), às 20h e 22h e domingo (23), às 20h, no Teatro dos Bancários. O Cerrado Mix conversou com Evandro Santo.

Você defende um humor que não precisa ser "chique ou bacana". O que isso significa?

Não tente intelectualizar o humor. Se você é uma pessoa naturalmente sofisticada, isso vai transparecer no seu humor sem parecer uma forçação de barra. Não tenho paciência com o povo da academia de letras do humor. No final de tudo, somos todos palhaços.

Existe um pouco de Christian Pior em Espia Só?

Existe um pouco de Christian Pior, existe um pouco de Evandro Santo, existe um pouco de Evandro Márcio dos Santos, existe um pouco de Evandrinho, existe um pouco de “bixa má”. Tem eu criança, eu rancoroso, eu com inveja, eu vingativo, eu “maragaga” .Tô todo ali, inteiro, minha filha.

Como é esta história de que você perfuma a plateia e oferece pró seco durante a peça?

É apenas um toque a mais, uma “viadagem”. E depois acredito que 80% das pessoas gostam de um bom perfume e de uma boa bebida. É como se fosse um agradecimento pelo público ter ido assistir ao espetáculo. Divido as coisas que gosto com eles. Sou a criança generosa.

Por que Espia Só é um espetáculo novo a cada apresentação?

Porque grande parte dele é improviso. É sempre uma pessoa nova, uma plateia nova, uma vítima nova (risos).Como sou aberto às diferenças, acabo trabalhando de maneira diferente com as plateias. Tenho um texto base, mas a peça parece um chão no final de balada: cheio de cacos.

Dinheiro e alegria estão interligados?

Claro que não. Alegria é algo muito mais profundo, é ser bobamente agradecido pelas coisas que lhe são dadas. É ver luz, cor e “pataquada”, até no pedaço de goiaba verde. Não há dinheiro que compre isso. Mas confesso que fiquei feliz ao comprar minha terceira Louis Vuitton.

 Fonte: Cerradio MIX

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