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Depois de dar um chá de cadeira de aproximadamente três horas na mulherada, Pior desembarcou no bairro. O atraso foi justificado logo na entrada da loja Spazio Galpão 8: "Estou desde cedo em compromissos". Apesar da aparência exausta, o estilista não se intimidou em alfinetar as mulheres. Aliás, é o seu visual que merecia ser comentado. Christian Pior usava calça multicolorida, boina e meia em dois tons de vermelho. Antes de distribuir autógrafos e posar de celebridade ao lado das fãs, o humorista concedeu uma entrevista à
Gazeta do Cambuí - Seu primeiro contato com a turma do
Evandro Santo - Nunca pensei em entrar para o
E por que faz tanto sucesso? Qual o diferencial de
Intuitivamente fiz uma coisa diferente. Ao invés de zoar a celebridade e deixá-la em pânico, passei a mexer com o pessoal que está em casa. Mudei um pouco o enfoque. Se for pensar, o personagem fala muito mais de pobre do que de rico, porque ele é um pé rapado. É um estilista deslumbrado que quer fazer parte do que é bom. Ele não é rico, não é chique, não é nada do que aparenta. Ele é brega. Esta é a sátira. O Pior retrata de maneira exagerada o sonho da maioria das pessoas em querer aparecer, ser conhecida e se passar por aquilo que realmente não é. Se eu continuasse zoando os artistas seria mais um quadro, não estaria inovando.
O humor brasileiro tem um arsenal de personagens homossexuais. O que faz Pior se diferenciar deles?
O Christian é um personagem gay que não é vítima. Ele não é palhaço de hetero e nem a bichinha que o pai tem vergonha. Além disso, ele não é heterofóbico. Se ver uma mulher, o Christian elogia. Fala: 'Gente, que mulher linda!'. E nunca: 'Ai, que mocréia!'. É um sarrista. Tira sarro de todos e até dele próprio. Ao contrário das personagens gays que ficam isoladas num gueto, Christian se ambienta em outros lugares. Ele não tem medo.
Christian Pior existe na vida real? Para criá-lo você se inspirou em alguém?
Por acaso, Gil Seborréia, o colunista da baixa sociedade, também personagem seu, não tem um quê de Pior?
É um embriãozinho do Christian. Só que o Gil não é gay e nem estilista, e o Pior sim.
Todas personagens de humor têm seu bordão. Qual é o do Christian?
Ao assistir o quadro
Todas as coisas que penso durante a semana eu anoto num caderno e daí na hora é só improvisação. É telegrama animado que te dá isso. São dez a doze minutos de quadro, mas para aquilo tudo acontecer são duas horas de gravação. É por isso que digo: quem faz a mágica é o editor e não a gente.
Apesar do sucesso de
Já gravei mais três quadros. Um, por sinal, já foi ao ar. Chama-se
Além do programa
Não queria ser comediante, nem ator. Queria ser bailarino. A questão do humor nasceu por necessidade. Por uma questão de grana passei a fazer telegramas animados e festas. Não me considerava ator, porque pra mim ator era aquela coisa do palco, da coxia e de fazer personagens. Sempre dizia: sou um animador de festa. Depois de assistir aos espetáculos
Se o estilista pudesse encontrar o seu intérprete o que diria?
'Chinelo com meia não dá, menino!'. Esta semana antes de ir à reunião de pauta do
7 pecados da moda
1. Pochete
2. Sapato preto e meia branca
3. Miniblusa com umbigo de fora com o crachá cobrindo
4. Bota pata de bode (salto plataforma)
5. Cinto ornando com o sapato
6. Camisa de manga curta com gravata
7. Piranha no cós da calça
créditos: Gazeta do Cambuí
Notícias: Entrevista Gazeta do Cambuí
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